constelação de memórias

Porque é que havemos sempre de ser considerados ou feministas ou machistas?
Porque é que, se não andamos pela rua a queimar sutiãs e a gritar pelos direitos das mulheres, somos uns machistas opressores, e se achamos que os homens também deviam cozinhar para a sua família, somos uns feministas cegados?
Não há um meio termo? Não há uma opção que nos rotule nem como feministas nem como machistas?
Existem, de facto, extremistas por todo o mundo; alguns de mente fechada, e outros que, embora exagerados, tentam compensar as falhas da sua sociedade.
Vamos entender uma coisa: o contrário de Machismo é Femismo, o contrário de Feminismo é Masculinismo, o contrário de Misoginia é Misandria.

Feminismo: Movimento ideológico que preconiza a ampliação legal dos direitos civis e políticos da mulher ou a igualdade dos direitos dela aos do homem.


Masculinismo: Movimento ideológico que preconiza a ampliação legal dos direitos civis e políticos do homem ou a igualdade dos direitos dele aos da mulher.


Machismo: Ideologia segundo a qual o homem domina socialmente a mulher.

Femismo: Ideologia segundo a qual a mulher domina socialmente o homem.


Misoginia: 1. Aversão às mulheres.
2. Repulsão patológica pelas relações sexuais com mulheres.

Misandria: Aversão aos ou desprezo pelos indivíduos do sexo masculino.

[http://priberam.com/DLPO]


O Feminismo começou, assim como o Masculinismo, como sendo a defesa da igualdade de direitos entre todos os seres humanos, sem distinção. Essa é uma luta pertinente, e extremamente necessária, até urgente, em muitos lugares do Mundo hoje mesmo. No entanto, nos países desenvolvidos, há grupos de mulheres que se auto-intitulam Feministas, mas as suas revoltas e protestos começam a ter um gostinho amargo a Femismo, porque a verdade é que, nos seus países, o Feminismo já não é uma luta relevante, pois o que se necessita já foi atingido.

É que será assim tão difícil perceber que cada género tem o seu papel, não só na sociedade, mas até no próprio Ecossistema, e que cada indivíduo o cumpre da maneira que consegue e acredita que é melhor?
Dizer que os homens são o sexo mais forte, fisicamente, é verdade. É machismo ou um estereotipo? Não, é uma generalização de um facto biológico. Há excepções? Sim -- por isso é que, idealmente, não se analisam (nem se defendem/atacam) géneros: analisam-se indivíduos.

"A mulher resiste mais à dor que o homem?
O homem é mais resistente. «Em estudos, mulheres apresentaram menor tolerância à dor», diz o dentista Roger Fillingim, da Universidade da Flórida. Uma experiência do psicólogo Ed Keogh, da Universidade de Bath, no Reino Unido, concluiu que elas sentem dor por mais tempo, com mais frequência e maior intensidade. O mito começou provavelmente porque os homens são mais chorões. «Por uma questão cultural, as mulheres reclamam menos e sofrem caladas», explica a anestesiologista Fabíola Minson, da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor."

Vamos encará-lo. As diferenças existem. Os dois géneros são bastante diferentes. Mais uma vez, engloba tanto questões culturais, e sociais, como psicológicas e biológicas. E, mais uma vez, há excepções, sim. Mas acreditem, para cada mulher excepcionalmente musculada, haverá um homem incrivelmente lingrinhas, e para cada homem com grande facilidade em cuidar de bebés, haverá uma mulher que nunca mudou uma fralda na vida.
Então, será tão necessário assim classificar o homem como o sexo mais forte fisicamente e a mulher como o sexo mais forte psicologicamente? O foco não deveria ser as diferenças, mas sim a maneira como estas se completam. O foco não deveria ser as diferenças, nem mesmo as igualdades, mas a maneira como cada indivíduo de cada género pode agir em prol de uma coexistência harmoniosa.
Numa música em que todas as notas têm o mesmo papel, não há acordes. E, sem acordes, não há harmonia.
E por isso mesmo os géneros não devem ser comparados para distinguir as diferenças entre uns e outros, mas sim para uni-las. E unir as diferenças não para que estas deixem de existir, mas para que trabalhem conjuntamente. Ambos os géneros têm pontos fortes e pontos fracos, em diversas áreas diferentes. Então, em vez de nos separarmos cada vez mais, discutindo e vangloriando-nos pelas nossas qualidades e por aquilo de que somos capazes, porque é que não nos juntamos e tratamos de compensar estes defeitos, e preencher as lacunas uns dos outros, da maneira que compete a cada um?

Eu acredito que Deus nos criou, no início, homem e mulher, macho e fêmea, um casal, para ser o derradeiro modelo familiar para a Humanidade. E criou-nos diferentes, mas criou-nos juntos. Porquê ignorar essa modelo, e corromper esse conceito, se podemos, de facto, viver o que é ideal?
O homem e a mulher pertencem juntos.
O homem e a mulher, junto com as suas diferenças, pertencem juntos.
Não haverá um nome para quem pensa assim?

O ponto de vista que defendo aqui é, numa base conceitual, tanto feminista como masculinista. Mas não me considero feminista porque essa palavra, no mundo ocidental, está a tomar uma conotação de contrário de machismo, e não é isso que quero transmitir.

Mas, na verdade, tendo em conta o conceito original do termo, podem chamar-me tanto feminista como masculinista. Os direitos que quero defender durante a minha vida são os da Humanidade, os que são comuns a ambos os géneros; são aqueles princípios básicos não não podem, de forma alguma, ser rejeitados a qualquer ser Humano. A minha posição será sempre se tentar que esses direitos sejam respeitados em todas as partes do Mundo em que isso ainda não acontece. Mas não me considero nem feminista nem masculinista porque, na verdade, para isso, nem preciso ser nenhum dos dois, só preciso pregar a Palavra de Deus.

No que diz respeito às oportunidades, creio que o que é crucial, mais do que oportunidades iguais, são oportunidades correspondentes, proporcionais, adequadas e desejadas.
As oportunidades devem estar todas abertas para todos, mas há um processo de escolha e atribuição que não deve ser ignorado. E reforço: essa atribuição não se faz segundo o género; faz-se segundo o indivíduo. Há excepções. Dentro de uma série de factores, há que analisar, considerar cada caso em particular. O género é (apenas) um factor.

Por isso não me considero nem feminista nem masculinista. Talvez algum dia, num certo contexto, sinta a necessidade de aderir a um desses movimentos, mas não é assim que me identifico, pelo menos não no contexto em que vivo e que conheço.
Também não sou, nem de longe, machista nem femista.
Tampouco sou misoginista ou misandrista...
Qual é o meu rótulo?
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"A bird does not sing because it has an answer. It sings because it has a song." - Chinese Proverb

"Um pássaro não canta porque tem uma resposta. Ele canta porque tem uma canção." - Provérbio Chinês
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http://rebecacoutophotography.blogspot.pt/2014/12/old-rose.html


There's beauty in all things. O sol nasce para as rosas brilhantes que nem cabem na palma da tua mão, vistosas, o sol nasce para as rosas velhas e machucadas, o sol nasce para os botões de rosa, enrolados sobre si mesmos, o sol nasce para as folhas e para os caules, para a terra e para as raízes; o sol nasce também para as rosas secas entre as páginas de um livro, e para as rosas embalsamadas, e para as gotas de água que repousam serenas nas suas pétalas aveludadas. O sol nasce e põe-se para todos; a chuva vem e cai sem perguntar quem está por baixo, e a lua, enquanto Deus o quiser, vai reflectir a luz do sol sempre, quer nós o queiramos quer não.

(Mateus 5:45)
Porque [Deus] faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

A questão não é merecermos, ou não, menos ou mais do que aquilo que nos é dado: a questão é reconhecermos que toda a obra de Deus é perfeita e maravilhosa, Deus não comete erros; tudo na Natureza canta-o para que o vejamos. Tudo tem valor, e, parecendo que não, até a mais tosca das rosas no jardim devolve-nos, sem dúvida, esse valor imensurável. Basta reconhecê-lo, e lembrar-nos:

(Mateus 6:25-34)
     "Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
     Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
     E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
     E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
     E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
     Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
     Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
     Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
     Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
     Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal."


O valor com que Deus nos criou é algo com o qual, não merecendo, somos presenteados todas as manhãs. Não é algo que trabalhamos para merecer, ou procuramos até encontrar; é, sim, a prova do amor de Deus por nós, seres falhos e bastante orgulhosos.
É a obediência e o amor a Deus que nos fazem "espremer o sumo", "desabrochar as pétalas" do valor que temos. É o que amadurece o nosso fruto. Não nos faz merecedores da nossa beleza, mas faz-nos cumprir a expectativa e viver realmente de acordo com o que nos é galardoado.
E tudo isso não é uma preocupação nem uma inquietação: é uma bênção.
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Residentes da ilha Terceira: interessados em comprar, enviem-me mensagem por Facebook. :)
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"Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua, e a verdade." (Buda)


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Às vezes aquela inspiração que nos falta está a um momento de distância.
Seja uma palavra, seja uma imagem, seja uma memória, seja um olhar, seja um sentimento...

O que é certo é que a inspiração nunca depende somente do inspirado. Há sempre algo que vem de fora, há sempre algo que o atinge, há sempre algo que ele abraça, ou pelo menos deseja abraçar.
Há sempre algo que o inspira.

Estar inspirado, por sua vez, é mais do que estar capaz de criar alguma peça de arte exuberante.
É mais do que isso; a inspiração é uma riqueza pessoal, iluminação interior, é a infusão de uma vontade maior na nossa consciência. Essa vontade nem sempre é divina, mas acredito que o Dom de a ter é, definitivamente, tanto divino como divinal.

Os momentos de inspiração são uma parte importante da vida.

A falta de inspiração também faz parte. Às vezes só conseguimos o melhor momento através do pior.
Não é fácil; no entanto, não é tão difícil assim. Muitas vezes acontece que, num momento em que nos sentimos neutros - sem inspiração nem pela positiva nem pela negativa -, simplesmente pegamos numa tela, ou numa folha, sentamo-nos no banco do piano, ou abrimos um documento do Word ou até do Final Draft, tocamos naquilo que nos levará à criação de arte, e logo ali a própria arte toca-nos de volta.

Quanto mais nos fazemos crer de que a inspiração está distante, menos podemos ver o quão perto ela realmente está.
"Assim também é com Deus."
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"Assim, o propósito não é o ponto de mira do arqueiro; é a trajetória da flecha." (Ed René Kivitz - in Vivendo Com Propósitos)

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Visitem a página E.E. Anime!



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"E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças." (Génesis 19:17)

Creio que este versículo pode ser facilmente aplicado à nossa própria vida.

Nós somos pecadores por natureza. A nossa vida está condenada à morte; nós somos prisioneiros do pecado. No entanto, Deus tem o poder de nos salvar; limpar o nosso pecado, a nossa alma, e dar-nos vida eterna.
O processo de purificação é doloroso, complicado, mas é altamente necessário, e é apenas Deus quem tem o poder para nos salvar. Só Deus nos pode regatar, e indicar o caminho para longe do pecado e da morte. Só Deus é capaz de fazer isso, tal como o fez com Ló e sua família quando destruiu Sodoma e Gomorra.

Deus salva os que o buscam, que o amam, que lhe obedecem. Deus tira-nos verdadeiramente do cativeiro em que vivemos. Mas uma coisa é certa: se queremos ser livres do pecado, temos que ser nós a deixá-lo completamente para trás. Temos que colocá-lo totalmente fora. Não podemos olhar para trás.

O acto de olhar para trás traduz a saudade que prevemos; a afeição que ainda temos pelo que estamos a deixar atrás de nós.
Se desejarmos o livramento que Deus nos dá, se deixarmos realmente que Ele nos livre, não vamos olhar para trás. Não vamos querer olhar para trás.
Se aceitámos o "plano de fuga" de Deus, se escolhermos seguir com Ele, aí, então, deixamos de ser prisioneiros. Somos livres. Caminharemos em direcção à Vida.

Se escolhemos olhar para trás, ainda somos prisioneiros.

Não podemos parar. Há um longo caminho à frente. Deus preparou-nos o trilho, as condições, o lugar para onde vamos. O caminho terá complicações, e a maior delas será deixar o resto para trás. Mas abdicar do que nos leva à morte é essencial para chegarmos à Vida. Em "toda esta campina" não podemos olhar para trás nem parar. A nossa jornada inteira pode ser arruinada numa questão de segundos.
Um momento parado pode ser crucial.
Só podemos continuar; com os olhos e mente no nosso objectivo, na mossa força motora, naqueles que vão connosco e passam pelo mesmo, nAquele que nos salvou da morte, na Eternidade e na Vida.


Escaparemos "lá para o monte", para que não pereçamos. É necessário que nos foquemos tanto no nosso percurso como na nossa meta. O caminho que percorremos leva-nos para além de qualquer cidade ou país, leva-nos para além deste mundo. Para além de qualquer satisfação que possamos sentir através do pecado. O trilho desta "campina" leva-nos para longe da morte.
Leva-nos para o monte que Deus preparou e guardou, para nós, os que o seguimos e confiámos no seu resgate, nós que acreditamos no seu poder, supremacia e majestade. Que acreditamos que Ele é o Criador do Universo e de tudo o que neste existe, inclusive a nossa própria existência, e que os Seus planos para nós são perfeitos, de amor, paz, salvação, e vida eterna.
O trilho desta "campina" leva-nos à Vida.

Acredito que Deus nunca nos coloca em situações que não consigamos superar. Com Deus, e no seu Caminho, nada do que Ele nos manda é impossível.
"Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou." (Romanos 8:36-37)
"Porque para Deus nada é impossível." (Lucas 1:37)

Oro para que Deus me dê as forças necessárias para nunca parar e nunca olhar para trás. Oro para que Ele me dê o desejo de chegar lá ao monte que ele guardou para mim. Oro para que Ele me lembre todos os dias do compromisso que fiz com Ele.
Não quero olhar para trás.
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"I can see how it might me possible for a man to look down upon the earth and be an atheist, but I cannot conceive how he could look up into the heavens and say there is no God." (Abraham Lincoln)


"Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu, mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe um Deus." (Abraham Lincoln)
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Uma pessoa desesperada é uma pessoa que não encontra saídas. Ou pode-se também dizer que é uma pessoa que não encontra entradas. Mas normalmente o desespero é um lugar fechado, claustrofóbico, afliginte, do qual é difícil sair.
No entanto, este pode ser um espaço no qual, afinal, nos encontramos, e queremos então ir para outro lado; e muitas vezes só se chega a um lugar melhor através do desespero.
Bom, através de ou durante o desespero, dependendo muito da pessoa e das circunstâncias, pode chegar-se a "áreas de recorrência", tais como como
a descoberta de Deus e salvação espiritual, ou a recorrência a bruxaria, superstição e outras coisas provenientes do Diabo, a busca de religiões e congregações que confortam mais o coração do que propriamente instruem no caminho do Evangelho, a recorrência a drogas e/ou outras substâncias que prometem afastar a depressão mas a longo prazo só trazem mais, a chegada ao ponto da auto-mutilação ou até mesmo à mutilação aos outros, e, em alguns casos, ao suicídio.

Porém, antes de chegar ao ponto do desespero, a pessoa provavelmente passará por uma fase de depressão. Onde algo correu/corria mal e, tendo em conta a sua fraca ou inexistente fé, a pessoa não aguentou a pressão, e começou a desfalecer. Não via por onde ir, tomou a posição da auto-piedade e revolta contra o mundo, com pensamentos do género de "ninguém me ama, eu sou mesmo assim", "mais cedo ou mais tarde isto ia acontecer, porque eu nasci mesmo assim, estragado", "o mundo virou-se todo contra mim, mas também não preciso mais da ajuda deles porque eu nem tenho cura", "mais valia eu não estar aqui, ninguém precisa de mim".
Para sair desta fase, há várias portas que convidam, como por exemplo as ditas áreas de recorrência. Umas enganosamente, mas há uma, que referi como primeira, que é totalmente pura e que nos convida a entrar seja na depressão, no desespero, na falta, ou até mesmo na alegria e na abundância. Deus chama-nos para pertencermos à Família dele em todas e quaisquer circunstâncias.
Ele oferece a vida eterna. Devemos, sim, fazer "boas acções", mas a graça de Deus não vem daí. A graça de Deus vem no momento em que nos entregamos totalmente a Ele, fazemos uma oração a dar-lhe a nossa vida, falamos que queremos, para sempre, pertencer a Ele, e que desejamos passar a vida eterna com Ele, o nosso Deus. As boas acções são o resultado da salvação, e deixam de vir como uma obrigação, para passarem a ser um desejo. A Graça de Deus fez-se o que hoje é, sobre nós, a partir do momento em que Jesus se deixou ir à cruz, para morrer pelos nossos pecados; e Ele mesmo passa a viver em nós a partir do momento em que reconhecemos que, o que Jesus fez, deveríamos ter feito nós mesmos, e que isso foi a derradeira prova de amor de Deus por nós; quando reconhecemos que esta é a nossa maior bênção.

Ao apontar que, para receber a graça de Deus, "ainda é preciso fazer «isto» e «aquilo»", estamos a afirmar indirectamente que o trabalho de Deus estava incompleto. Jesus veio a este cruel mundo para morrer pelos nossos pecados, morrer em nosso lugar, na cruz onde deveríamos estar nós, para nos trazer a graça do Pai, e para glorificá-Lo. O que tínhamos a fazer, morrer, já foi feito por nós. E essa morte que o pecado nos impõe já foi vencida, porque Jesus, que se entregou à Cruz, ressuscitou! Aceitá-lo e entregar a Deus a nossa vida é apenas o que nos resta para sermos livres dessa mesma morte. Algo assim parece impossível; salvar uma alma da morte e da perdição. Mas essa é a Boa Nova; Jesus é O caminho, o Único ("Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6)).

Assim, todos necessitamos de Deus, e, embora não mereçamos a Sua graça, ela é-nos dada de graça, é grátis.
Uma pessoa desesperada já chegou ao extremo. Busquem Deus, quer sejam desesperados ou aflitos, tristes ou amargurados, ou até mesmo se se acharem satisfeitos; busquem-No, quer estejam sozinhos ou rodeados de companhia, pedintes ou milionários. Porque, devo dizer, seja qual for a sua condição, até mesmo o maior possuidor de bens e amizades; ninguém é feliz se estiver morto espiritualmente, ou seja, se não tiver a garantia da vida eterna com Deus.
Essa vida eterna é-nos oferecida por Ele, e nada mais simples e maravilhoso do que aceitá-lo e reconhecê-lo como nosso Senhor e Salvador, e entregar toda a nossa vida a ele.

Quem está desesperado não consegue encontrar uma saída, mas apenas Deus pode eliminar toda a dor, e, melhor ainda, dar uma razão para qualquer dor que este mundo nos faça sentir, e acompanhar-nos até ao fim, e eternamente. "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8:28). A Palavra de Deus já é acessível a quem quiser lê-la, e o nosso trabalho é torná-la mais acessível ainda. Se quer ser chamado por Deus, basta procurá-lo! Ele ama-nos a todos e espera-nos de braços abertos.

A necessidade de ser de Deus está tanto no desespero como na abundância e em outra situação qualquer. A abundância que temos agora é só para esta vida, todo o nosso esforço vale a pena mas um dia findará. "No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás." (Gênesis 3:19). E o desespero que sentimos agora também não haverá mais na eternidade com Deus.
A nossa vida é tão curta, porquê estragá-la? O que são 70 anos quando inseridos na eternidade? Ou até mesmo 100! Porquê passar todos os nossos dias a fazer coisas erradas e a aproveitar até as piores oportunidades, só porque poderemos não estar aqui amanhã?
Se a nossa vida é tão curta, há que tratá-la como o tesouro que ela é. Somos tão frágeis e efémeros... A nossa vida é tão preciosa que só merece tudo o que há de melhor e mais correcto; nada que a possa estragar é bem-vindo. Se só temos esta oportunidade de viver, há que vivê-la da maneira certa. Há que aproveitar a melhor das oportunidades que alguma vez teremos, há que aproveitar a única coisa que nos é garantida para depois da morte: a Graça de Deus e a Vida Eterna com Ele.
Como já disse, uma vez que reconhecemos a Autoridade e Majestade de Deus e o aceitamos verdadeiramente como nosso Senhor e Salvador, toda e qualquer coisa que Ele nos mandar fazer deixa de ser uma obrigação, e passa a ser um desejo, uma vontade, uma honra.
É então que percebemos que os planos de Deus para a nossa vida são completamente correspondentes à Sua natureza; são planos de amor, Vida, abundância, e Deus cumpre as suas promessas.
Deus não exige que sejamos pobrezinhos e sofredores e desesperados; Ele veio ao mundo para que possamos todos desfrutar da Vida e da verdadeira Felicidade, que só Ele nos pode dar.
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10).

Embora seja difícil, há que esquecer o desespero, e esquecer a abundância, e há que nos lembrarmos do amor de Deus por nós, do seu sacrifício no Calvário e da sua vitória sobre o Mal.
Deus é o começo de Tudo o que é Bom. "Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro." (Apocalipse 22:13).
Ele garante-se-nos. Ele garante-nos a sua Graça; até para depois desta vida.
O que temos a fazer é entregarmo-nos a Ele; é o mínimo que podemos fazer, pois ele merece tanto mais. Estávamos cativos pelo pecado, condenados à morte, mas Ele morreu por nós, e fê-lo de graça, pela sua Graça. E diz-nos: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza." (II Coríntios 12:9). Não importa que fraquezas temos, Deus ainda opera milagres que são perfeitamente visíveis; até no maior desespero.

Deus exige de nós apenas aquilo que Lhe devemos; a nossa Vida. Quando entendemos que o plano de Deus para a nossa vida é perfeito, passa a ser a nossa vontade entregar-Lhe tudo o que temos e somos, pois Deus é como o oleiro e nós somos o vaso nas suas mãos. Quando a criação do oleiro começa a desviar-se da orientação das suas mãos, o próprio oleiro é o único capaz de quebrar o vaso e fazê-lo de novo, fazê-lo uma nova e melhor criação.
Assim também acontece com a nossa vida nas mãos de Deus. A diferença é que nós temos a opção da escolha e, para que Deus possa operar a restauração da nossa Vida, temos que querê-lo, e confiar completamente a nossa Vida nas mãos de Deus, o nosso oleiro.
"Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. (...) Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor." (Jeremias 18:4,6).
Esquecer o desespero, esquecer a abundância; entregar tudo nas mãos de Deus, pois só Ele é capaz de salvar uma obra aparentemente perdida e fazer de nós Novas Criaturas.

A verdadeira felicidade não é, então, sair do desespero, e sim buscar a Deus, pedir o seu perdão, e entrar na sua Graça, pois é então que vem a verdadeira abundância.
"...eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10b)
"Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mateus 6:33).
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É este o Universo do qual eu nunca queria ter escapado, e, no entanto, agradeço a Deus por já não fazer parte dele da forma que fazia.
É este Universo quase paradoxal, que me dá saudade e pelo qual tenho um amor profundo, mas do qual tento fugir enquanto pessoa. Quero fugir porque não quero ser mais o que era quando me encontrava lá dentro, mas quero estar ali na foto. E, a cada dia que passa, entendo melhor que o meu papel na fotografia vai mudando.

No fundo, nenhum de nós sai deste plano. Infeliz o que não estiver, de facto, naquele Universo.
A nossa função, o nosso estar, muda ao longo do tempo. Aquilo que estamos ali para fazer. A maneira como vemos as outras pessoas, e a maneira como nos relacionamos com elas.
Tudo muda.
Eventualmente, encontraremos pessoas que serão constantes no nosso pequeno planeta, e o tornarão maior e melhor. E, eventualmente, entre infinitas possibilidades, encontraremos uma posição que será a nossa, digamos que será o nosso porto seguro.
Agradeço por já não ser o que era antes, já não sou uma dos que brincam e correm de um lado para o outro, não sou imensas coisas que já fui, e sou tantas outras que nunca fora. "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." (Eclesiastes 3:1).
Se sinto que a minha posição poderá até mesmo ser, permanentemente, atrás da câmara, não deixo de existir no plano, e não deixo de ser uma pessoa como as outras, mas considero-me privilegiada; serei eterna coleccionadora de memórias.

Repito; infeliz o que não estiver neste Universo. Estejamos onde estivermos, façamos o que fizermos; um pouco desta penumbra será para sempre parte do nosso Eu.

Não importa o quão adulta vou ficando. Ser adulta fará parte, mas
Eternamente criança, eternamente tentando amar como uma criança, eternamente dependente de Ti como uma criança.
O precioso do que faço; o precioso do que e de quem eu vejo, sigo, recordo, amo; o precioso de quem (sempre) est(ar)á comigo; estrelas do meu céu, luas do meu planeta, Luz do meu Caminho.
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Navego neste barco

A proa rasga as ondas com um corte fino e preciso
Um toque dócil do betão tosco na água cristalina
Como uma mão numa cara ou uma palavra na alma
Tão bonito como a arte do navegar,
Por sê-lo.

Sinto a brisa na face
Sinto o abraço do mAR
Das ondas que me amam
Do balançar que me acompanha,
Ou que eu acompanho.

As rachas e as luzes quebradas
A madeira que range e a madeira partida
Fazem parte da minha embarcação
Fazem parte de todos os que nela vêm.

O bonito está no novo
O belo está no velho
O meu barco tem de tudo,
O meu barco é a memória
É Deus
És tu
É(s) tudo.

Não é fácil navegar mas
É fácil continuar,

Quando o meu Mundo é (de) Deus e
Me encanta e deslumbra a navegação,

Quando o meu destino é logo ali
Está(s) tão longe mas tão aqui.
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sobre mim
Uma jovem dos Açores.
Sou coleccionadora de memórias, e aqui está a minha constelação.

Deus, família, amigos, palavras, imagens, e sons.
Querer fazer a diferença, e viver num constante processo de tentar perceber como.

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