Duvidar dos Outros

by - 12:53


Houve uma professora que me disse algo assim: "Duvidem sempre de tudo! Devem até duvidar do que estou a dizer agora. Se vos disserem que está bom tempo, vão confirmar à janela. Duvidem sempre do que vos dizem até terem conhecimento de factos que os comprovem."

Eu concordo que não devemos ser uns ingénuos, mas... E a fé? Onde está ela? Para certos e muitos casos é preciso que ela exista.
Se me disserem que Deus existe; devo duvidar?...
Claro que não.
"Ah, mas não tens factos para comprovar isso."
Tenho, tenho. Aqui está um: eu sinto-o. Eu sinto Deus.
"Mas não é suficiente."
É, pois. Para mim e para muitos outros é bem suficiente. E, para além do mais, temos a Bíblia.
"Quem diz que ela não foi inventada por um tolo qualquer?"
Vai ao original e diz-me se te parece inventado por um tolo. Lê a tradução do original que temos e diz-me se te parece inventado por um tolo. Depois de leres, diz-me como te sentes, e diz-me se ainda achas que foi inventada por um tolo. E diz-me se um tolo teria paciência para escrever um livro destes.
"..."
Ah, pois, pois!



E, na minha opinião, nem devia ser necessário duvidar das pessoas, fosse pelo que fosse.

A tal professora, ao afirmar com convicção que deveríamos duvidar dela, estava... Pronto; o subconsciente dela estava a falar muito. Ao dizer aquilo podia querer dizer que é algo normal que as pessoas duvidem dela. Para isso, o pessoal deve ter uma razão... Qual será?... Deixem-me pensar... Ah! Já sei! Deve ser porque ela mente... Bastante...
Não a conheço assim tão bem, mas é o mais óbvio. Pelo menos do meu ponto de vista e, provavelmente, do de muitos outros.

Mas, como eu ia a dizer, nem devia ser necessário duvidar dos outros. Não deveríamos ter razão para isso. A mentira e o engano são coisas horríveis; não deviam existir. Ou melhor; as pessoas deviam, ao menos, fazer um esforço para que a mentira desaparecesse. Nem é agradável estar perto de pessoas em quem não temos grande confiança. É mesmo desagradável.
Ficamos com a sensação de que a pessoa não está a ser cem por cento sincera connosco.
Quando estou com pessoas assim, por vezes até me pergunto se, a certa altura, a pessoa começará a abrir um fecho no pescoço e tirará o disfarce que tem, e mostrar que é uma outra pessoa que não conheço de lado nenhum a fingir ser um sujeito conhecido... Ou mostrar que é mesmo um alien!... Nem sei bem explicar o que penso nessas circunstâncias... Porque a verdade é que penso muito mais.

E pronto.

A verdade é que nem todos são capazes de medir as palavras duas vezes, e acabam por desvendar toda a verdade nua e crua (e azeda e podre e nojenta) com uma simples frase, que até pensam ser muito filosófica.

Até mais ver!
<- Gato duvidoso...

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